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Pertencimento – o maior desafio de desenvolvimento organizacional em 2021

26 de janeiro de 2021 por Cláudia Miranda Gonçalves

Li, muito atenta, informes da PWC, Gartner, Deloitte sobre os desafios diante de nós e especialmente dos CHROs. Saúde mental e bem estar, tecnologia para o suporte do trabalho remoto e híbrido, treinamentos para produtividade de times. Ajustes nos pacotes de benefícios, novo hardware e tecnologia para facilitar o trabalho e manter produtividade, aumento de empatia entre as pessoas certamente são fundamentais. Mas, o senso de pertencimento foi uma preocupação para 73% dos CHROs em 2020 e subiu para 97% agora em 2021.
Aqui acredito que os trabalhos dentro de uma visão sistêmica podem ser extremamente úteis para lidar com essa questão. Primeiramente, o que faz com que a preocupação com o pertencimento seja tão grande? As pessoas encaram como ameaça qualquer coisa que caia fora de seus círculos de pertencimento. Assim, mudanças podem se tornar ameaçadoras por desafiar nosso senso de pertencimento.
É bem verdade que os sistemas estão em constante estado de emersão, mas quando não estamos atentos aos sinais das mudanças, a emersão pode se transformar em emergência. Pertencimento tem a ver com o sentimento de familiaridade, algo a que se está acostumado, relativamente previsível e com o qual posso contar/ confiar. Pertencimento, em sua raiz biológica mais profunda, toca no instinto de sobrevivência.
Diante de mudanças, o pertencimento pode se transformar numa fotografia congelada no tempo. Nosso trabalho com os times nas empresas pode passar por abrir espaço para explorar a diversidade e complexidade, um antídoto para a ameaça ao pertencimento.
Arnold Mindell com sua Psicologia de Processo. Arnold nos ajuda com mudanças pois ele foi estudar a BORDA entre o que conhecemos, acreditamos e valorizamos e que portanto definem nosso PERTENCIMENTO, e do outro lado o desconhecido, com o que não identificamos e não conhecemos e assim define o que fica de fora de nossa esfera de pertencimento.
É preciso trabalhar bem aí, nessa borda – entender qual a borda viável que consigo cruzar – seja como indivíduo, como equipe ou organização, comunidade …
Parece complicado, mas individualmente precisamos FAZER PERGUNTAS PARA QUAIS NÃO TEMOS RESPOSTA, ou seja permanecer abertos e curiosos. Enquanto times, precisamos de espaços com segurança psicológica para explorar esse espaço do não saber, essas bordas. Precisamos aprender a dialogar com perguntas.
Quando não há muitas respostas conhecidas, precisamos explorar juntos para assim nos ajudar a dar sentido e assim ampliar nossas BORDAS.
Qual pergunta de duas palavras pode ajudar? Essa daqui:
E se…?
Pratique 20 minutos apenas de perguntas com seus times e veja o que acontece!

Texto originalmente publicado no Blog Lentes de Decisão no Estadão, em 26/01/2021

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