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Vai fundo!

23 de junho de 2021 por Cláudia Miranda Gonçalves

O que significa ser rápido num mundo rápido? Dá mesmo para acompanhar? No mundo dos negócios, alguns ou muitos podem acreditar que conhecem bem seus negócios, que estão próximos ao seu consumidor, e antenados nas tendências. Acreditam que ler na transversal, pegar apenas o que interessa numa leitura, ou contar com diversos aplicativos que fazem um resumo para rápido consumo ajuda nas tarefas nada fáceis acima. Essa “leitura” otimizada e hiper eficiente têm reduzido livros inteiros a meras conclusões principais.

Estamos treinados a prestar ou não atenção a que coisas? Essa pergunta nos leva diretamente para a comunicação: como bem disse Nora Bateson, ” Comunicação é o que é possível de ser dito (numa relação que já estava ali)”. Ou seja, são camadas e mais camadas de interações, em diferentes níveis e em diversos momentos, que também participam do que é possível ser comunicado num momento X.

O mundo do que é possível, daquilo que temos consciência, pode colidir com a outra parte, a parte do não: não conhecida, não explorada, não dita, não percebida. A essa colisão chamamos de problemas ou dificuldades ou desafios. São aqueles momentos incríveis que algo pode emergir – sair da zona do não e ir para a zona da consciência.

Então, uma mente que rapidamente absorve apenas informação acaba por não aplicar a dissonância cognitiva em sua principal função – não a de ser um viés cognitivo – mas a de refletir e questionar e mais ainda de perceber as complexidades. A leitura é um poderoso antídoto para a mesmice e diálogos roteirizados. A leitura é capaz de modificar as conexões neuronais, que é a neuroplasticidade do cérebro. O cérebro é maleável e está sempre em evolução para responder às nossas experiências. É a neuroplasticidade que está na base para mudanças de perspectiva e para a verdadeira empatia (empatia verdadeira requer vulnerabilidade, que é uma qualidade inerentemente humana). Mas precisamos de uma leitura profunda.

A qualidade da leitura é o mais importante na leitura. Existe uma linha direta entre essa leitura profunda e empatia e explorar pontos de vista, valores e ideologias diferentes das próprias. É essa leitura profunda, seja do que for, pois não precisamos ler as mesmas coisas, mas precisamos todos ler, que vai ajudar a superar as polarizações e desconexões.

Algumas coisas que ando tirando da minha zona do não:

Que perguntas não temos feito?

Como estou contribuindo para o que anda acontecendo?

Que perguntas me ajudam a sentir e fazer sentido das coisas?

Espero que possamos criar perguntas sem respostas já embutidas nelas. Busco por mais perguntas que aticem nossa curiosidade e que promovam diálogos em que todos estejamos “perdidos” juntos. Que possamos chegar juntos a novas respostas.

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