Perguntas mudam o mundo
Iniciei um programa de 21 dias com a proposta de proporcionar aos participantes do “Festival Internacional Muda Mundo Já” uma reflexão sobre perguntas.
O convite para o festival chegou de surpresa e com prazo curto para ser concretizado, mas com um chamado irrecusável: Oferecer o que você já faz de melhor, o que lhe coloca em fluxo, e que você acredita que pode mudar o mundo já!
No último ano e meio trabalhei muitas coisas novas, estudei, e criei possibilidades para o desenvolvimento de equipes e indivíduos que o leque de opções quase me paralisou.
Mas ao conectar com minha história de vida ficou fácil encontrar o caminho!
Como executiva no mercado financeiro e com experiência em transformação das tomadas de decisão através de tecnologia, pensei nas dificuldades que os líderes enfrentam para realizar a mudança cultural tão essencial para sobrevivência e continuidade dos negócios, e a escolha surgiu como se fosse a única e mais óbvia: precisava provocar as pessoas e faze-las sentir que as perguntas mudam o mundo.
Liderar equipes nos dias de hoje, e conduzir as mudanças culturais necessárias, significa chamar atenção para as incertezas, complexidades e interdependências que existem na natureza da maioria do que precisa ser realizado para alcançar sucesso nesta jornada.
O líder que entende isso, e coloca em prática, atua como exemplo e abre caminho para que erros sejam cometidos, que sejam reportados com segurança, e para que se aprenda rapidamente e se defina o próximo passo.
Este líder entende que nenhuma solução será dada por uma única pessoa, que ninguém tem todas as respostas e que o compartilhamento e a cooperação são essenciais para que as soluções mais adequadas no mundo V.U.C.A (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) sejam encontradas.
Existe um grande risco de que os talentos existentes nas equipes não estejam em ação e que o benefício da diversidade simplesmente não se materialize quando o ambiente e a cultura de atuação de um líder não promovem a segurança psicológica necessária para esta abertura.
Este é um risco quase invisível para o negócio, pois é impossível saber quando alguém não pediu ajuda, ou não compartilhou uma ideia, ou identificou um erro e não reportou.
O silêncio e aceitação resultantes do medo e insegurança nas equipes pode provocar uma falsa ilusão de que todas as coisas estão indo como deveriam.
E os projetos atrasam e falham, atingem custos elevados e geram resultados inferiores aos previstos…
Um comitê só vai conseguir identificar uma ação efetiva se ousar responder a quem tiver coragem de perguntar: “o que precisamos fazer diferente?”.
Ao propor uma reflexão sobre o poder das perguntas trago a tona nossa dificuldade como indivíduos de fazer perguntas, de aceitar que trazer um questionamento não nos faz parecer menos espertos, e que ser “provocado” por uma pergunta não desqualifica nossas ideias, mas abre a possibilidade de tornar a solução mais rica e adequada ao sucesso.
Ao usar jogos para experimentar as perguntas quero despertar e aguçar a curiosidade presentes em nossa infância quando fomos questionadores em nossa melhor performance.
É preciso colocar luz a riqueza que existe em metodologias que estimulam soluções coletivas por meio de perguntas. Nossos tempos precisam de colaboração e todos têm que atuar como lideres e promover conversas mais abertas e profundas.
Para mudar o mundo já precisamos de coragem para quebrar padrões e fazer mais perguntas a nós mesmos, e atuar com um modelo de comportamento que questiona se conectando verdadeiramente com a melhor intenção na busca da solução e respeito ao outro.
Que perguntas você ainda não fez para viver em um mundo melhor?
Lembre-se: Perguntas mudam o mundo!
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