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Conexão e Produtividade

24 de setembro de 2019 por Cláudia Miranda Gonçalves

O triângulo da produtividade

Uma das palestras que assisti enquanto estive no MIT para a IDEAC (Conferência anual da Iniciativas para a Economia Digital) no final de maio foi sobre produtividade no trabalho. 

Contexto e cenário:

Como as empresas constroem força de trabalho produtiva?

  • Otimizam a seleção de colaboradores;
  • Definem quais os melhores incentivos para os colaboradores contratados;
  • Minimizam a rotatividade de colaboradores (que é cara).

O que sabemos até aqui:

  • Gestores nem sempre tomam as melhores decisões;
  • Tecnologia de gestão é importante para a produtividade;
  • E que não sabemos muito sobre como os dois pontos acima estão relacionados.

Assim, a questão que a palestrante Daniela Scur levantou para estudar foi:

  • Qual é o papel da gestão estruturada na construção de uma força de trabalho produtivo?

O que ela descobriu:

  • A gestão estruturada está associada a um recrutamento positivo (erra menos nas decisões) e demite com menor frequência; 
  • A gestão estruturada é tem a ver mais com a estrutura do que a pessoa do gestor;

Nesta estruturação existem mais de 18 práticas diferentes, que variam de acordo com diferentes níveis hierárquicos, tomando como base a World Manager Survey.

Ou seja, tanto gestores como colaboradores são melhor selecionados e retidos em empresas estruturadas, bem como as taxas de demissão também são menores neste cenário. Além disso, as demissões são mais seletivas. 

Outro dado importante: as empresas estruturadas são capazes de manter as melhores pessoas, analisando-se um período de 10 anos.

Indo além, é preciso dizer que apesar de não estabelecer ainda uma relação de causalidade, duas coisas devem ser levadas em conta: 

  • As estruturas de gestão de pessoas têm melhor correlação com colaboradores produtivos; 
  • As estruturas de gestão operacional têm melhor correlação com gestores melhores.

Achei maravilhoso a autora batizar de tecnologias intangíveis as práticas de gestão e conexões interpessoais (ver imagem abaixo) e especialmente achei incrível deixar claro que essas práticas humanas e intangíveis influenciam a produtividade.

Aí eu pergunto: será que ter gestores melhores cria melhores práticas operacionais? 

Com certeza, sabemos que melhores gestores mantêm melhores colaboradores nas empresas.

Mas, o que é intangível através dos números é muito palpável nos resultados!

Vou retomar uma estrutura de Matthias Varga von Kibed (criador, em conjunto com sua esposa Insa Sparrer, das Constelações Estruturais), que pode nos ajudar a ver essa palestra através de um filtro um pouco diferente.

Neste filtro não numerificamos, mas tecemos relações e correlações. Tão pouco, buscamos uma linearidade… aqui ficamos no triângulo que pode ser um prisma/ filtro através do qual olhamos a produtividade como uma relação entre as três dimensões:

Concluindo, sem hierarquia ou sequências pré-estabelecidas, essas dimensões se interconectam dinamicamente.

Fica a pergunta: em quais momentos a estrutura precisa de maior atenção do que relacionamentos ou conhecimento? Em quais momentos, alternativamente, o conhecimento se sobrepõe à ordem ou conexão? E, quando será mais importante focar no humano do que no conhecimento ou na estrutura?

Gostou? Leia mais sobre minha visita ao MIT:

On the road
Decisões de futuro
Futuro do Trabalho – Humano
Futuro do Trabalho – Geografia

Texto originalmente publicado no Blog Lentes de Decisão no Estadão em 24/09/2019

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