https://www.instagram.com/we.holon/ https://www.linkedin.com/company/weholon https://www.facebook.com/weholon-102415231543436

Decidir é não estar certo

27 de novembro de 2018 por Cláudia Miranda Gonçalves

Certeza é a primeira palavra que vem à nossa cabeça quando falamos em
decisão. Fico até ouvindo as frases que são sempre repetidas à nossa volta:

  • Sim, tenho certeza que estou tomando a decisão correta.
  • Quero ter certeza antes de tomar esta decisão.
  • Tem certeza disso?
  • Certeza? É isso mesmo que você quer?
    Desconfio que é por isso que estamos errando mais do que acertando em
    decisões primordiais para o nosso futuro. Digo isso, sem nenhum
    pessimismo. Pelo contrário, falo com olhos que querem enxergar nas
    incertezas novos caminhos possíveis.
    Então, voltando às certezas: o que é certo é algo que, por si só, já mora no
    passado. Já pensou nisso? Por outro lado, as decisões precisam sempre
    olhar para o futuro. Só faz sentido decidir por algo que ainda está por vir.
    Sendo assim, é paradoxal falar em certezas e decisões. Se procuramos
    certezas ao decidir, estamos usando uma “ferramenta” do passado para
    implementar uma “atitude” futura. É por isso que afirmo que decidir é não
    estar certo.
    Desalentador? Claro, que não. Tomar decisões é das coisas mais
    promissoras das nossas vidas. E, sim, podemos aprender a decidir mais,
    melhor, mais rapidamente e até com mais eficiência. Quer ver? Separei 3
    perguntas que ajudam muito nas tomadas de decisão. Vamos a elas:
  1. Primeira pergunta que você deve se fazer:
  • A decisão que eu estou tomando abre novos caminhos?
    Se sim, de cara, essa já é uma boa decisão. Abrir caminhos é inovar, é ação
    que combina (e rima) com decidir. Abro parênteses: inovar não é ficção
    científica, não é sempre criar algo novo e revolucionário. Inovar é
    rotineiramente abrir caminhos. Assim, decida sempre pelos novos caminhos,
    eles são a inovação que você está buscando.
  1. Segunda pergunta:
  • A serviço de quem está esta decisão?
    Ela realmente está a serviço do seu propósito? Ela vai fazer sentido para
    você, sua equipe, sua trajetória, sua empresa? Estas são perguntas muito
    importantes, já que o seu propósito é razão (futuro), experiência (passado) e
    instinto (trans); tudo junto e misturado. E é ele que vai fazer com que a sua
    decisão tenha força coletiva, que seja entendida e abraçada por toda a sua
    equipe. Ou seja, é o propósito que fará com que a decisão se transforme em
    um objetivo. E isso fará todo sentido, acredite.
  1. Por fim, pergunte-se:
  • É sustentável?
    Sua decisão vai afetar todo um sistema: pessoas, equipes, clientes,
    fornecedores, investidores, a sua cidade, o seu país, o mundo e muito mais.
    E aí? Esta decisão que você está tomando é realmente sustentável? Ela
    contempla todos que fazem parte do sistema? Ela pensa no futuro ou ela é
    imediatista e só contempla o momento?
    Pronto! Temos aí 3 perguntas essenciais para a tomada de decisão. Nem é
    tão complexo assim: novos caminhos, propósito e sustentabilidade. Pratique
    as respostas e encontre as chaves para abrir novas portas.
    Para terminar, quero dizer que deixar de querer controlar o futuro e focar na
    ação de decidir tem salvado muitos negócios e, principalmente, muitas
    pessoas. Experimente as decisões que levam em conta estas três
    perspectivas (novos caminhos, propósito e sustentabilidade) e transforme as
    incertezas. Afinal, como já disse antes por aqui: “viver não é preciso”.

Sugestões de temas? me escreva!

claudia@weholon.com.br

Texto originalmente publicado no Blog Lentes de Decisão no Estadão em 27/11/2018

Voltar

Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência. Nós assumimos que isto é ok para você, mas você pode desativar se quiser. Estou de acordo.
Se você quiser entender melhor o uso dos cookies veja mais aqui – Política de Cookies.

Concordar e fechar