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Liderança na Era da Disrupção

22 de fevereiro de 2024 por Andréa Nery

As últimas pesquisas com CEOs realizadas pela PwC[ii] trouxeram a tona alguns dados que valem nossa reflexão: existe grande consciência da urgência de reinvenção dos negócios endereçadas principalmente pela disrupção tecnológica e pelas mudanças climáticas[iii]. Porém, as equipes executivas e as lideranças não parecem preparadas e alinhadas para lidar com esta realidade. Os dados mostram que muitos líderes nas organizações não acolhem divergências e discussões, não toleram pequenas falhas com frequência, e que 70% das lideranças não costumam tomar decisões estratégicas no âmbito de suas funções.[iv]

Me parece urgente olhar para estes aspectos e trabalhar para uma mudança de mentalidade onde a base das relações e trocas seja a confiança e a transparência. As decisões estratégicas exigem cada vez mais rapidez e flexibilidade e o ambiente com processo decisório concentrado, com aversão às divergências e aos erros coloca em risco todas as mudanças operacionais e regulatórias já em andamento. 

Para enfrentar esta transformação é preciso aceitar a necessidade de desenvolver novas habilidades, não somente técnicas, mas principalmente comportamentais. Adotar uma abordagem mais descentralizada, confiar e trabalhar a segurança psicológica das equipes, requer de cada pessoa um investimento significativo no próprio desenvolvimento pessoal e interior.

Construir confiança própria e nos outros é fundamental para o desenvolvimento pessoal dos líderes. Isso envolve disposição para assumir riscos e reconhecer a falha como parte do processo de aprendizagem. Com o desenvolvimento da confiança em si mesmo é possível se sentir confortável em delegar responsabilidades e autoridade a outros membros da equipe e trabalhar colaborativamente de forma muito fluída.

O autoconhecimento é chave. Ao compreender profundamente a si mesmo, identificando motivadores, pontos fortes, fraquezas e gatilhos emocionais é possível alinhar a bússola interna para lidar com incertezas, volatilidade, ambiguidade e constante mudança. 

Quando se lidera melhor a si mesmo é liberado o potencial para liderar o outro concedendo liberdade e autonomia, demonstrando empatia e compreensão genuína.

Ter uma comunicação clara e empática é chave, será preciso constantemente transmitir o senso de urgência e a importância do que precisa ser feito ao mesmo tempo que se reconhece as preocupações e se incentiva a curiosidade, abertura ao aprendizado e se valoriza diferentes perspectivas tornando a colaboração fonte primordial do processo de crescimento e inovação. 

Os desafios e as transformações que serão necessárias nos negócios exigem líderes criativos, corajosos, persistentes e otimistas. 

Podemos esperar mais implementação de mecanismos para lidar com uma realidade onde as perguntas nortearão o caminho, enquanto a orientação de longo prazo sustentará o comprometimento com a visão dos negócios no mundo.

A complexidade do que está acontecendo e os avanços vão ocorrer à medida que se transforma a maneira de criar, entregar e capturar valor, e aqui precisamos entender que não se trata somente de produtos e processos, mas principalmente de pessoas e da sustentabilidade do entorno em que o negócio está inserido.

Se você quer viver e protagonizar este momento de transformação de forma consciente e saudável, ofereço aqui algumas perguntas, que podem servir como guia no seu caminho de desenvolvimento interior:


  • Como você navega em momentos de dúvida e incerteza?
  • Que visões de longo prazo orientam suas ações?
  • Que experiencias aprofundam seu senso de conexão com o mundo?
  • Como você cultiva a confiança em relacionamentos mais próximos?
  • Como você mantem uma perspectiva positiva em tempos difíceis?

Refletir sobre elas é só o comecinho de uma jornada de liderança interior! 

À medida que o mundo dos negócios continua sua rápida evolução, é crucial reconhecer que o sucesso requer mais do que habilidades técnicas – exige uma mentalidade adaptável e corajosa. Aos líderes resta desafiar o status quo, abraçar a mudança como oportunidade e comprometer-se com a inovação. Portanto, é hora de embarcar nesta jornada para moldar um amanhã de excelência e transformação.


[i] Texto originalmente publicado no Blog Lentes de Decisão do Estadão Digital em 22/02/2024

[ii] PricewaterhouseCoopers

[iii] https://www.pwc.com.br/pt/estudos/preocupacoes-ceos/ceo-survey/2024/27_CEO_SURVEY.pdf

[iv] https://www.pwc.com.br/pt/estudos/preocupacoes-ceos/ceo-survey/2023/26_CEO_SURVEY_Caderno_Consumo.pdf

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