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Transformação e Propósito

14 de janeiro de 2020 por Cláudia Miranda Gonçalves

Mudança e transformação estão na boca e nas mentes de muitos executivos (não afirmo de todos, mas acho até possível). A cada cinco anos, as grandes empresas passam, em média, por três grandes mudanças em suas estruturas. Mudança e transformação vêm como as soluções que …?

De verdade, acho que este é o ponto que não está claro. Transformar para que?

O processo de transformação organizacional pode emergir de diversas maneiras:

Se uma certa dose de insatisfação latente ganha espaço para se manifestar. Ao ouvir estas vozes, cria-se o espaço para que a transformação emerja.
Se as métricas usadas para mensurar resultados têm que mudar ou se adequar. Por exemplo, quando 200 CEOs das maiores empresas se comprometem a ter como propósito não só gerar valor para acionistas, mas também aos seus colaboradores e à sociedade, as métricas certamente mudam dramaticamente.
Se as respostas para perguntas como “Para que fazemos o que fazemos?”, ou seja, quando se testa a conexão da ação com o propósito, retornam respostas rasas ou um silêncio desconfortável, é hora de pensar que algo deveria ser transformado.

O que garante a vida e coesão de um sistema é o propósito. Quando um sistema deixa de ter sua razão de ser, se deteriora e se desfaz. A transformação deve estar, sempre, a serviço do propósito organizacional. Há três camadas distintas no propósito de qualquer sistema vivo:

Sobrevivência (necessidade)
Desenvolvimento
Transformação (evolução)

As organizações já têm proficiência para lidar com as camadas de sobrevivência e de desenvolvimento. Fazem isso, literalmente, há séculos.  Mas é a camada da transformação que vem exigindo uma reflexão mais profunda sobre o “para que”. A transformação faz o trabalho de britadeira de quebrar formas que se tornam obsoletas para liberar a energia sutil do propósito e construir uma nova forma para manifestar essa energia.  O processo pede por autorreflexão, inclusão de todas as vozes, se abrir para as emoções para que, a partir dessa inteligência coletiva possa emergir uma nova estrutura organizacional, mais sustentável e preparada para sobreviver e desenvolver. E assim segue o ciclo.

Para que a transformação organizacional finque raízes e de fato promova evolução, precisa estar visceralmente conectada com o propósito organizacional, precisa navegar as incertezas e sombras (de onde vem informação preciosa) e ter um ritmo, normalmente mais lento quando nasce e exponencial mais à frente.

Como começar então o processo de transformação? Escutando…

Como sustentar o processo? Se abrindo para a incerteza do processo…

Texto originalmente publicado no Blog Lentes de Decisão no Estadão em 14/01/2020

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